segunda-feira, 3 de novembro de 2008

O Sr. Costa e o burro que veio para a cidade


Já foi das prostitutas e do vinho rasca.
Dos punks e da violência.
Da música, sempre.
E de horas perdidas noite dentro, e dias solarengos nas ruas típicas e únicas na Europa.

Os que visitam apreciam, os que lá moram não querem sair, mas não querem conviver com os que lhe dão vida.
O equilíbrio é difícil, dá trabalho, dá que pensar e pode até ser frágil e complicado. Mas pode até existir...
Depois há o Sr. Costa!
Por entre sonhos de deixar o burro e passear-se em algo mais, jogou as cartas impossíveis.
Restringir.
Proibir.
Limitar.
Dar horas de sono aos moradores, e tirar gente nova, turismo e noite do único lugar da cidade onde não há regras de entrada, dress code ou consumos obrigatórios.
Sr. Costa o seu sonho de deixar de andar de burro não devia ser cumprido à custa de incompetência.

O Bairro Alto não precisa de dormir cedo.
Morar no coração de uma cidade tipica tem preços, e alguns são altos, e alguns no futuro podem até ser de condominios de luxo. Certo Sr. Costa?
O bairro alto precisa de licenças concedidas com consciência, recuperação de espaços para que possa ser da noite e devolver dias tranquilos a quem ali vive.
Segurança, segurança e mais segurança.
Em vez de prepotência e mais prepotência.
Precisa de trabalho por parte de vereadores e munícipes, de ideias e propostas para que seja possível contentar maior numero de cidadãos.
Em vez disso, o Sr. Costa no dorso do burro dá as ordens que não implicam vigilância, trabalho e inteligência.
O futuro dirá se vai conseguir alterar os hábitos de uma cidade.
Para já só nos deixou mais tristes.

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